domingo, 28 de agosto de 2016

Vejo-te

Esse texto traduz lindamente 
o dia a dia nem sempre tão poético 
de Mães e Pais de filhos Especiais.

Então...
enquanto eu não aprendo 
a me expressa assim...
vou compartilhando 
os textos que encontro por aí.

Esse é da Betiana Russo







"Vejo-te a levar seu filho à terapia, enquanto seus amigos levam seus filhos ao futebol ou ao ballet.
Vejo-te fugir da conversa quando todos os teus amigos se vangloriam de realizações e notas de exames.
Vejo-te a fazer malabarismo com eventos e reuniões.
Te vejo sentada ao computador durante horas pesquisando sobre o que seu filho precisa.
Te vejo fazer cara feia quando a gente se queixa pelo que parecem bobagens.
Te vejo desaparecer pouco a pouco mas continuas ultrapassando pela tua família.
Te vejo tirar forças da fraqueza com uma força que nem sonhava que tinha.
Vejo-te a mostrar respeito para com os professores, terapeutas e profissionais médicos que servem ao teu filho para te ajudar.
Te vejo acordar cedo pela manhã para fazer tudo outra vez depois de outra noite caótica.
Vejo-te quando estás a beira do precipício lutando para viver.
Sei que se sente invisível, como se ninguém percebesse. Mas quero que saibas que eu me dou conta. Vejo-te empurrar sempre para a frente. 

Vejo-te escolher fazer tudo o que pode para dar ao seu filho o melhor cuidado em casa, na escola, em terapia e no médico.
O que fazes importa. 

Vale a pena.
Naqueles dias em que te pergunte se pode fazer mais um minuto, quero que saibas que te vejo. Quero que saibas que és linda. 

Quero que saibas que vale a pena. 
Quero que saiba que não está sozinha.
Quero que saibas que o amor é o mais importante, e que és a melhor nisso.
E nesses dias em que você vê uma melhoria, 

aqueles momentos em que o trabalho duro tem sua recompensa, 
e você pode saborear o sucesso, também te vejo então, e estou orgulhoso de ti.
Seja qual for o dia de hoje, vales muito, você está indo bem... e vejo-te." 



sexta-feira, 3 de junho de 2016

Você recebeu uma nova mensagem!

Eu quero aqui justificar minha ausência do blog,
mas quero reafirmar meu compromisso de responder sempre a qualquer mensagem ou comentário, seja por email ou whatsapp.

Acho isso muito importante,
porque eu sei que, geralmente,
as pessoas quem "encontram esse blog"
é porque estão, muitas vezes,
procurando uma resposta para o autismo do filho,
ou do filho do amigo, ou do neto, ou do sobrinho.

Não vou dar uma de Marcos Mion  e dizer que o autismo é uma bênção, porque eu sei não é.
Alguém pode até conseguir encontrar poesia e música nessa situação, e fico admirada com essa capacidade.

Mas, na maioria das vezes, tudo o que precisamos é encontrar um pai ou uma mãe,
ao menos uma pessoa que diga: olha, eu tô passando por isso,
estamos lutando, e você não está sozinho nessa situação!"

Eu digo isso porque, ao receber o diagnóstico de Samuel, em Outubro de 2012,
minha primeira providência foi sair da academia
e procurei ao máximo não fazer qualquer nova amizade.
Primeiro porque eu não queria ter que explicar pra ninguém o que estava acontecendo
e segundo porque eu suspeitava que as pessoas que tentavam se aproximar
seria apenas ou por curiosidade ou quando não, no futuro elas teriam essa tal curiosidade.
Então eu pensei: deixa eu viver minha vida agora assim,
resumida em minha luta e a minha sorte!

Foi quando, pela primeira vez procurei atendimento terapêutico em Salvador
e ali conheci as "Outras Mães",
mães de carne e osso,
mães que existiam na vida real,
e eu observei que a correria do dia a dia delas continuava,
que elas continuavam com a lida da vida, sorrindo, chorando, se divertindo,
se arrumando e se cuidando, e  assim eu me libertei!

E é por isso que tenho tanta prazer em ajudar:
pra dizer pra você que a gente sobrevive após o diagnóstico do nosso filho,
dizer que existe sim tratamento,
dizer que nossos filhos tem chances reais de recuperação,
dizer que o fato de você procurar ajuda não significa que você não aceite o seu filho,
mas significa que você quer ajudar seu filho para que
no futuro ele consiga se virar sem você.

Hoje eu já consigo conversar sobre outros assuntos,
já consigo fazer novas amizades até com as  "mães normais",
Mas eu sei também que o preconceito existe,
sei que muitos tem pena da minha sitaução,
outros se admiram, se impressionam,
e muitos estão de camorote esperando pra ver no que vai dar,
Mas agora eu entendi o porque de eu ter perdido o controle da minha vida...
É porque agora quem está no comando é  Deus,
E eu?
Bem... eu to confiando!

Então eu sei a importância de conversar,
trocar mensagens com mães na mesma situação,
eu não tenho qualquer qualificação sobre o assunto
mas eu sei o quanto me ajuda receber um bom dia de Mães Especiais!

Até lá eu vou cantando...

"Meu dia vai chegar, o tempo eu não sei
Só sei que o Senhor reservou a minha vez,
firmado estarei esperando a minha hora,
eu tenho uma promessa, um decreto de vitória!" 
(Davi Sacer)

Até a próxima!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Bem vindos de volta!

Em tempos de whatsapp, instagram e facebook
confesso que vir escrever no blog eh meio difícil,
mas não posso deixar de aparecer por aqui
pois para alguns contatos, esse meio é mais prático.

Quem aparece por aqui sabe bem que não escrevo textos poéticos,
e tudo o que publico em relação ao Autismo não são criações minhas.
Comecei como um album de recortes,
onde fui colando as materias que achava interessante, pra ler depois
e se tem ajudado mais alguem, fico feliz
mas tenho o cuidado de sempre por a fonte de onde foi feita a pesquisa.

Sou funcionária do judiciário,
embora psicopedagoga de formação, não tenho experiencia na área.
Tampouco sou da área de saúde.
Então o que eu "aprendi" e escrevo sobre autismo e seus tratamentos e/ou intervenções
foi o que eu adquiri nas minhas vivências no Consultório de um Médico DAN,
numa sala de terapia e num troca troca com mães mais experientes.

500 clik´s pra conseguir essa foto
Sei que quando recebemos um diagnóstico difícil como CID F84, ficamos meio que querendo respostas,
e a internet vira nosso amigo de cabeceira.
E não estamos tão errados assim.
Mães de autistas adultos ja relataram, que na época delas, se sentiam sozinhas e com poucas literaturas para estudo.
Então a internet e suas redes sociais
acaba tornando a jornada menos solitária.
Eu, inclusive, tenho amigas que conheci pelas minhas pequisas da net, e que hoje já até saíram comigo pra uma corridinha de 5km, né Beta?


E se você chegou aqui porque estava pesquisando,
continue pesquisando mesmo.
E se precisar, pode me mandar email ou whatsapp,
que vamos trocando figurinhas sim.
E, vez ou outra, eu apareço aqui pra desabafar ou compartilhar alguma coisa com vocês.