Ai, ai.
De quando resolvi reativar o blog, acho que só o adiava porque temia chegar nessa publicação.
Mais bem, vamos lá.
Para que eu possa registrar os avanços e tudo mais preciso passar por aqui.
Como ia dizendo, depois que minha irmã proferiu aquela palavra, AUTISMO, comecei a ler tudo sobre o assunto. "Meu Deus", pensava eu. "Isso é o fim!"
Pesquisei, chorei, assisti vídeos, salvei, apaguei.
Chorei de novo. Neguei.
Um dia quando pensei que não fosse mais aguentar de tanta angustia,
minha mãe aparece aqui em casa, em horário não usual, eu compartilho minha tristeza com ela,
e oramos juntas.
Pensei: "Tá vendo, não é nada disso!", mas continuava a pesquisar informações.
Procurava por tópicos como: criança de 1 ano e meio não faz gracinhas e não imita.
Só me aparecia um resultado: AUTISMO INFANTIL
Eu dizia: "Não. Tudo menos autismo!"
Isso porque a ideia inicial de que autistas vivem em seu mundo, sem interação alguma, e sem significado algum era a primeira coisa que se passava na minha cabeça. E eu dizia: "Samuel não é assim!"
Um dia saindo do consultório de minha médica qual a chamada que ouço no então recém estreado programa da Fátima Bernardes? Isso mesmo, Autismo.
Eu fiquei desconfortável. Parecia que o assunto me perseguia mas não podia ser isso, achava eu.
Peguei minhas férias do trabalho e partimos então a procura de ajuda. Meu desejo e torcida era que se tratasse de um problema auditivo
Nossa, como seria fácil. Procurei uma conhecida aqui da cidade que tinha um filho com essa deficiência e parti para fazer o teste da orelinha.
Nesse teste aparecia a falha, mas detalhe, como ele so podia fazer esse teste dormindo, coincidentemente nos dias em que a fono vinha em casa ele sempre estava ou gripado, ou se recuperando de um resfriado ou coisa e tal.
Resolvi me adiantar e fomos para a cidade de Barreiras, a 207 km da minha Ibotirama, fazer o teste do Bera. Não foi possivel terminar o exame porque ele acordou no meio do exame.
Resolvemos então remarcar pela quarta vez o da orelinha e eis o resultado :
Triagem Auditiva em 21/09/2012:
Resultado da Triagem Auditiva: Passa: o bebê apresentou, na presente data, respostas compatíveis com função auditiva dentro da normalidade nos procedimentos realizados.
Ou seja: sem falhas.
Quase morri de tristeza. Se não era um problema auditivo só poderia ser autismo mesmo.
Procurei a Yanna, uma amiga em comum no quesito maternidade, que me indicou a Neuro de seu filho e, prestativamente, se encarregou de marcar a consulta o quanto antes. Com ela também dividi minha angustia e ouvi: "Não, que nada. Mas se for, prepare-se, você vai virar blogueira."
Ela disse isso porque também é uma mãe especial e registra em blog as evoluções de seu filho.
Marcamos para o dia 01/10/2012 nossa primeira visita a Neuropediatra na cidade de Salvador.
Chegamos no domingo na casa de minha prima Sandra e pela manha fomos a praia, Mell adorou brincar na areia e ir ao mar pela primeira vez. Samuel também se divertiu, a sua maneira.
A tarde passeamos no shooping e dormimos.
Eu somente passei a noite porque aguardava ansiosamente pela consulta que confirmaria minhas suspeitas.
Eu pensava comigo: "se ouvir esse diagnóstico eu não consigo nem voltar pro apartamento, meu Deus!"
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Primeira vez que visito esse blog fantástico! Admiro seu empenho em buscar novas alternativas para seu melhor convívio familiar e social. Sou graduanda em Psicologia e fui agraciada nesse semestre ao elabora um projeto de pesquisa sobre " O impacto do diagnóstico de autismo na dinâmica familiar". É interessante que seus relatos só confirmam minhas pesquisas. Realmente é um enorme desafio lidar com tal diagnóstico, mas é lindo vê reinar o amor, a esperança e principalmente o tremendo cuidado para com seu filho. Parabéns Raquel! Tenho certeza que as suas experiências, fazem de você a cada dia um pessoa melhor!bjs!
ResponderExcluirOi Lainara! Que bom que você passou por aqui! Fiquei muito feliz em saber da sua escolha pela Psicologia e ainda mais por saber que tem dedicado um tempo para estudo sobre o Autismo. São de profissionais como você que estamos precisando para desmistificar esse tema ainda tão obscuro. Realmente, hoje sou uma pessoa muito melhor, pois tenho aprendido a valorizar coisas simples e a comemorar todo e qualquer avanço, por menor que ele seja. Obrigada pela visita, pelo comentário e no que precisar, conte comigo! Abraços!
ResponderExcluirOlá Rakel boa tarde, não conhecia o seu blog, na verdade me deparei com o seu blog ao procurar pelo nome da Neuropediatra Adriana Marques. Tenho um filho de 2 anos e 8 meses com características do espectro autista, a mais ou menos 4 meses tenho caminhada na busca por um diagnóstico, estava levando ele para uma neuro em Salvador, mas estou achando que ela está demorando demais para dá um diagnóstico, solicitou mais de 30 exames, os quais já realizamos quase todos, só faltando a ressonância do crânio e o eletro cefalograma, que ela também solicitou, e nada de diagnóstico. Liguei hoje para a clínica Ideal em Feira de Santana, que é especializada em autismo, e me indicaram a dr.Adriana Marques na clínica Salus, e ao pesquisar pelo nome dela achei o seu blog. Percebo em meu Kaleb as mesmas coisas que você percebeu em seu Samuel. Obrigada pelo seu blog, e agora estou certa que irei procurar mesmo a dr. Adriana.
ResponderExcluirOi Amanda. Dra Adriana foi uma boa escolha. Ela é muito acessível e solícita. E amável também. Fala com cuidado, nos encoraja. Por favor, me mantenha informada. Se ele lhe der o diagnóstico de CID F84, acredite, existem vias de tratamento. E desde já, força mamãe!
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